Com o setor de Tecnologia da Informação (TI) em constante crescimento, muitos profissionais autônomos de TI se perguntam se podem formalizar suas atividades como Microempreendedor Individual (MEI). Neste artigo, exploraremos as possibilidades, os CNAE (Códigos Nacionais de Atividades Econômicas) relevantes, bem como informações sobre regimes tributários e vantagens de se tornar um MEI na área de TI.

 

 

MEI para profissionais de TI: é possível?

 

A resposta é sim, profissionais de TI podem ser MEI, desde que suas atividades se enquadrem nos CNAE permitidos. Para se tornar um MEI, é importante verificar se sua atividade se encaixa em uma das seguintes categorias:

 

  • Desenvolvedor de software e aplicativos (CNAE 6201-5/00)
  • Suporte técnico de informática (CNAE 6203-3/00)
  • Web designer (CNAE 6204-1/00)
  • Gestão de sistemas de informação (CNAE 6202-7/00)
  • Consultoria em TI (CNAE 6209-1/00)

 

Caso sua atividade esteja relacionada a uma dessas categorias, você pode se registrar como MEI.

 

[Artigo]: Quanto tempo demora para abrir uma empresa no Brasil?

 

Vantagens de ser MEI na TI

 

Existem várias vantagens em se tornar um MEI na área de TI:

 

  1. Simplicidade tributária: Os MEIs têm obrigações tributárias simplificadas, pagando um valor fixo mensal.

  2. Regularização: Tornar-se um MEI permite que você opere legalmente, o que é essencial para conquistar clientes e projetos.

  3. Previdência Social: Como MEI, você terá direito a benefícios previdenciários, como aposentadoria, auxílio-doença e salário-maternidade.

 

[Artigo]: Abertura de CNPJ passo a passo: tudo o que você precisa saber

 

Outras modalidades de formalização

 

Caso você não se enquadre em uma das 4 atividades permitidas no MEI, ainda pode optar por outras modalidades, como:

 

[Artigo]: A complexidade fiscal no Brasil

 

Autônomo

 

Os autônomos estabelecem um vínculo empregatício e o pagamento é realizado por meio de um RPA ou Recibo de Pagamento Autônomo.

No documento será descontado o imposto fiscal que pode variar de 0 a 5% (ISS). Além de INSS (11%) e IRPF (22,5%).

Em geral, é considerada uma das opções mais onerosas tanto para o profissional quanto para a empresa que contrata os serviços.

 

Microempresa (ME)

 

O ME é uma boa opção para quem busca por crescimento no mercado. O faturamento anual permitido é de até R$360 mil. A modalidade se divide em duas categorias:

Empresário individual (EI): Neste modelo, as atividades são realizadas em seu próprio nome. É o Empresário Individual quem responde pela empresa, inclusive, com seu patrimônio pessoal. Ou seja, não há divisão de patrimônio;

Empresário Individual de responsabilidade limitada (EIRELI): Também é uma modalidade de Empresa Individual, que oferece como vantagem a responsabilidade limitada à empresa. Ou seja, caso ela contraia dúvidas, o patrimônio pessoal não é afetado.

 

[Artigo]: Saiba porquê a gestão fiscal é importante

 

Regimes tributários

 

Além de definir qual será a modalidade do CNPJ, ao abrir uma empresa de Tecnologia da Informação, você também precisará iniciar um planejamento tributário.

Para micro e pequenas empresas, os regimes tributários permitidos e mais recomendados são:

Simples nacional: É conhecido por sua tributação simplificada. Todos os impostos são cobrados em uma única guia, chamada de DAS. Nela, já estão incluídos o ISS, CSLL, IRPJ, Cofins, IPI, ICMS, PIS/Pasep e a contribuição da Previdência Social. As alíquotas variam conforme a atividade exercida. O custo é muito mais atraente e interessante do que o do o RPA como autônomo;

Lucro presumido: Nesta modalidade de regime tributário, a alíquota é cobrada sobre o cálculo a partir de uma projeção de faturamento do negócio, usando como base a receita bruta, além de outras receitas que estejam sujeitas à tributação.

 

[Artigo]: Saiba como se preparar para uma auditoria

 

Formalize seu trabalho

 

Alguns profissionais de TI podem ser MEI, enquanto outros não optam por essa modalidade. No entanto, é crucial que todos formalizem seu trabalho para legalizá-lo conforme a legislação tributária e, principalmente, para aumentar suas oportunidades de crescimento.

Sem a devida formalização, o profissional fica desprotegido juridicamente e pode acabar não recebendo pelos seus serviços prestados. Além disso, corre o risco de perder oportunidades de negócio, não consegue acessar linhas de crédito disponíveis e ainda está sujeito a possíveis penalidades financeiras.

 

[Artigo]: 7 erros contábeis que podem colocar sua empresa em risco

 

Conclusão 

 

Em resumo, profissionais de TI podem se tornar MEI, desde que cumpram os requisitos específicos do CNAE. Ser MEI oferece vantagens significativas, como simplicidade tributária e regularização. Para os profissionais autônomos de TI que não se enquadram no MEI, há outros regimes tributários a serem considerados. Portanto, é sempre recomendável consultar um contador para garantir que sua situação esteja em conformidade com a legislação vigente e otimizada para sua área de atuação.

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