A reforma tributária é um dos temas mais discutidos no cenário econômico e político do Brasil. Recentemente, o Senado aprovou o texto-base da regulamentação da reforma, que marca uma transformação significativa no sistema tributário brasileiro.
Este artigo apresenta os principais pontos dessa mudança, os próximos passos e o impacto esperado nas empresas.
O que muda com a Reforma Tributária?
A proposta da reforma tributária aprovada pelo Senado visa simplificar o complexo sistema tributário brasileiro, substituindo cinco impostos atuais:
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ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)
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ISS (Imposto Sobre Serviços)
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IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
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PIS (Programa de Integração Social)
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Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social)
Para substituir esses tributos, serão criados dois novos impostos que formarão um modelo de IVA Dual (Imposto sobre Valor Agregado):
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Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS): De competência federal, substitui o PIS e a Cofins.
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Imposto sobre Bens e Serviços (IBS): De competência estadual e municipal, substitui o ICMS e o ISS.
Além disso, será criado o Imposto Seletivo (IS), conhecido como “imposto do pecado”, que incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, como cigarros, bebidas alcoólicas e combustíveis poluentes.
Alíquotas e benefícios previstos
A definição das alíquotas é um dos pontos centrais da reforma tributária. Confira os principais destaques:
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Alíquota Padrão: Estima-se que a alíquota combinada entre CBS e IBS fique em torno de 27,97%. Essa é uma das maiores do mundo, mas é projetada para manter a neutralidade da carga tributária.
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Redução para Setores Específicos: Setores como saúde, educação, saneamento e turismo terão alíquotas reduzidas. Medicamentos essenciais, como os usados no tratamento de diabetes, serão isentos de tributação.
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Cesta Básica: Produtos essenciais como arroz, feijão, pão e carnes contarão com alíquota zero para garantir um menor impacto às famílias de baixa renda.
Cashback para famílias de baixa renda
Uma das novidades mais importantes é o cashback, que visa devolver parte dos impostos pagos por famílias de baixa renda. Pessoas cadastradas no CadÚnico com renda de até meio salário mínimo terão direito à devolução de impostos pagos em:
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Contas de energia elétrica
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Contas de água
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Internet
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Gás de cozinha (botijão de 13 kg)
Essa medida busca tornar o sistema mais justo, reduzindo a carga tributária para as camadas mais vulneráveis da população.
Cronograma de implementação: transição gradual Até 2033
A reforma tributária não entrará em vigor de imediato. Haverá um período de transição para que empresas e administrações públicas se adaptem:
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2026: Entra em vigor uma alíquota teste de 0,9% para a CBS e 0,1% para o IBS.
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2027: Extinção do PIS e Cofins; implementação completa da CBS.
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2029 a 2032: Transição gradual do ICMS e ISS para o IBS.
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2033: Implementação completa da reforma, com o novo sistema tributário em pleno funcionamento.
Essa gradualidade é essencial para evitar impactos abruptos na economia e permitir que as empresas reorganizem seus processos fiscais e operacionais.
Impacto da Reforma Tributária nas empresas
A simplificação tributária é uma das principais promessas da reforma. Confira os impactos previstos para as empresas:
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Redução da Burocracia: Com a unificação de cinco impostos em dois principais (CBS e IBS), as empresas poderão reduzir significativamente o tempo gasto com apuração e pagamento de tributos.
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Neutralidade Tributária: A previsão é que a carga tributária não aumente. No entanto, setores com histórico de incentivos fiscais podem enfrentar ajustes.
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Faturamento Transparente: O IBS e a CBS serão cobrados no destino, ou seja, no local de consumo, tornando o sistema mais transparente e justo.
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Necessidade de Adaptação: Empresas precisarão revisar seus sistemas fiscais e contábeis para adequação ao novo modelo. Isso inclui novas regras para nota fiscal e apuração do valor agregado.
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Desafios e expectativas
Apesar dos avanços, a reforma tributária ainda enfrenta desafios:
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Definição das Alíquotas: A alíquota combinada pode impactar a competitividade de alguns setores.
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Exceções e Benefícios Fiscais: Pressões de setores específicos podem complicar a simplificação proposta.
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Implementação Gradual: A longa transição pode gerar incertezas para empresas no curto prazo.
Por outro lado, há uma expectativa positiva de que a reforma traga mais eficiência, justiça tributária e um ambiente de negócios mais favorável.
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