O INSS patronal é um tema que gera muitas dúvidas entre empreendedores, gestores de RH e profissionais de contabilidade que precisam manter a folha de pagamento e as obrigações previdenciárias em dia.
Desde a natureza jurídica até as alíquotas e as possibilidades de redução de custos, compreender em profundidade o INSS patronal a diferença para manter a empresa em conformidade, organizar o fluxo de caixa e, quando possível, pagar menos impostos.
Neste artigo, vamos explicar o que é INSS patronal, como funciona sua aplicação na folha de pagamento, as principais alíquotas e cálculos, além de abordar regimes especiais, como a desoneração da folha de pagamento, e a relevância de contar com um escritório de contabilidade para garantir a melhor estratégia.
Se você deseja entender como calcular INSS patronal e as particularidades do INSS patronal no simples nacional, acompanhe até o final e descubra como gerenciar esse custo de forma eficiente.
O que é INSS patronal e por que ele existe?
Para começar, é fundamental compreender o que é INSS patronal. O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é o órgão que administra a Previdência Social no Brasil, oferecendo benefícios a trabalhadores, como aposentadoria, auxílio-doença, pensão por morte, entre outros. O INSS Patronal, também chamado de Contribuição Previdenciária Patronal (CPP), é a parcela de contribuição paga pela empresa (pessoa jurídica ou equiparada) à Previdência Social em relação a cada funcionário.- Por que a empresa deve pagar?
- Importância do INSS Patronal
INSS Patronal na prática: quem paga e quais atividades incidem
De modo geral, todas as pessoas jurídicas que contratam empregados devem recolher o INSS Patronal sobre a folha de pagamento. Isso inclui:- Sociedades empresárias;
- Associações, fundações;
- Equiparadas,
- Empregadores rurais.
Incidência sobre serviços de terceiros
Vale lembrar que, em certos casos, há também a retenção de INSS sobre prestação de serviços via cessão de mão de obra, com alíquotas específicas (normalmente 11%), recolhidas de forma antecipada. Nesse contexto, a empresa contratante retém esse percentual e o repassa ao INSS em nome da prestadora de serviço. Esse mecanismo existe para assegurar o recolhimento previdenciário de empresas terceirizadas.Categorias especiais
Alguns grupos específicos, como entidades filantrópicas, têm regras diferenciadas em relação ao INSS patronal, podendo conseguir isenção caso cumpram requisitos legais. Há também a possibilidade de desoneração para setores selecionados, permitindo substituir a contribuição sobre a folha de pagamento por um tributo calculado sobre a receita bruta — falaremos disso adiante.Como calcular INSS patronal sobre folha de pagamento
Saber como calcular INSS patronal sobre folha de pagamento é essencial para evitar inconsistências e passivos trabalhistas. Geralmente, a alíquota padrão do INSS patronal é de 20% sobre o total das remunerações pagas ao empregado, integrando o salário e outras parcelas (adicionais, horas extras, comissões, etc.). Entretanto, existem contribuições adicionais voltadas ao financiamento dos acidentes de trabalho (RAT) e de terceiros (Sistema S).- Alíquota básica de 20%
- RAT e outras contribuições
- Descontos do empregado (INSS retido na fonte)
INSS Patronal no Simples Nacional
Para quem opta pelo Simples, a legislação prevê a unificação de diversos tributos em uma única guia (DAS), incluindo tributos federais e, em alguns casos, a Contribuição Patronal Previdenciária. Contudo, nem todos os anexos do Simples englobam o INSS patronal. É fundamental analisar cada anexo para verificar se a CPP está embutida ou não. Às vezes, uma mudança de atividade ou a inclusão de novos serviços altera o anexo aplicável, forçando o recolhimento separado do INSS patronal e aumentando os custos. Assim, um planejamento tributário cuidadoso é indispensável para saber se compensa continuar no Simples, migrar para Lucro Presumido ou encontrar outra estratégia.Casos de desoneração da folha de pagamento
A desoneração da folha de pagamento é uma política governamental que autoriza certos setores a substituírem a contribuição previdenciária patronal (20% sobre a folha) por uma alíquota incidente sobre a receita bruta. O objetivo é reduzir a carga sobre a contratação de mão de obra, incentivando a geração de empregos.- Quem pode aderir?
- Cálculo sobre faturamento
Quais as consequências de não recolher adequadamente?
O não recolhimento ou o recolhimento a menor do INSS patronal acarreta penalidades e obrigações acessórias pendentes, que podem refletir em: Multas: Aplicadas pela Receita Federal, somando juros e correção monetária, dependendo do atraso ou da inconsistência. Ajuizamento de cobrança: A Procuradoria da Fazenda Nacional pode ajuizar execuções fiscais, bloqueando contas e bens da empresa. Perda de certidões negativas: Sem a regularidade fiscal, a companhia não consegue obter certidões negativas, ficando impedida de participar de licitações e de celebrar contratos com diversos clientes. Risco trabalhista: Em uma ação movida por funcionário, a empresa pode ser responsabilizada por não ter recolhido as contribuições, gerando passivos extras.Como se resguardar contra autuações do fisco
Para evitar autuações relacionadas ao INSS patronal, uma das medidas mais importantes é manter a regularidade das obrigações acessórias. As empresas devem enviar todas as declarações (eSocial, SEFIP, DCTFWeb, entre outras) nos prazos corretos, assegurando que as informações estejam em perfeita sintonia com os lançamentos contábeis e folhas de pagamento. Outro cuidado essencial é conservar arquivos e comprovantes de recolhimento em local seguro, facilitando eventuais fiscalizações. No caso de divergências apontadas pela Receita Federal, buscar orientação imediata de um contador ajuda a corrigir falhas rapidamente, reduzindo multas e garantindo a continuidade das atividades sem contratempos jurídicos.Planejamento tributário para reduzir o INSS patronal
Uma das melhores táticas para reduzir o INSS patronal é comparar cenários. O contador pode criar simulações projetando faturamento, folha de pagamento, alíquotas de cada regime e potenciais deduções. Assim, fica claro se o Lucro Presumido é mais vantajoso do que o Simples, se a folha justifica a desoneração, entre outros fatores.- Ajustar o quadro de funcionários:
- Separar atividades em diferentes CNPJs:
Casos especiais: cooperativas
Não são apenas empresas que recolhem INSS patronal. Cooperativas de trabalho precisam analisar a incidência sobre cada cooperado, seguindo normativas específicas. Em cada cenário, é vital checar a legislação apropriada e, de preferência, contar com o suporte de um contador especializado para não incorrer em equívocos.INSS patronal na prática: exemplos de cálculo e demonstração
É comum que profissionais e empresas tenham dúvidas sobre como funciona o cálculo do INSS patronal na prática. Um exemplo pode elucidar o processo:- Folha de Pagamento: Suponha que a folha total de funcionários em uma empresa (salários, adicional noturno, horas extras) seja de R$ 100.000,00.
- Alíquota de 20%: Sobre esse montante, aplica-se a alíquota básica de 20%, resultando em R$ 20.000,00.
- RAT e outras entidades: Se a empresa estiver em um setor com RAT de 2% e contribuições para terceiros de 5,8%, por exemplo, o montante adicional chegaria a mais R$ 7.800,00.
Como o departamento de RH pode otimizar o INSS patronal
O RH (Recursos Humanos) tem papel fundamental no controle e na gestão do INSS patronal. Embora seja usualmente associado ao contador ou ao setor financeiro, a atuação conjunta do RH na definição de políticas de cargos e salários, no escalonamento de benefícios e na administração de jornadas de trabalho pode influir diretamente no valor final da folha.- Políticas de benefícios:
- Gestão de jornada:
- Treinamento e qualificação:

